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Mercedes passa a MAN no 1º semestre

A queda generalizada do mercado de caminhões na primeira metade do ano, com retração média de 12,2% em relação ao mesmo período de 2013, provocou uma revolução no topo do ranking das marcas mais vendidas. No primeiro semestre, líder e vice-líder trocaram de lugar: a Mercedes-Benz subiu à primeira colocação, deixando a MAN/VW na segunda. E tradicional terceiro lugar ocupado por anos pela Ford é agora foi conquistado pela Volvo.
Foi um semestre duro, em que as vendas demoraram a acontecer, primeiro por falta de financiamento do BNDES/PSI e, depois, pera retração da economia. A Volvo foi uma das duas únicas marcas a apresentar crescimento entre as 10 mais vendidas. De resto, Mercedes e Sinotruk tiveram retração abaixo da média do mercado e todas as outras seis amargaram quedas acima da média. Das 10, que representam 99,6% do mercado, só três conseguiram conquistar participação, todas as demais perderam market share.
Subindo ao topo do ranking, a Mercedes-Benz teve queda de 5,5% nas vendas nos primeiros seis meses do ano, mas desbancou a MAN/VW porque ganhou 1,9 ponto porcentual de participação, para 28,85%. A atuação forte nas duas pontas do mercado, pesados e semileves, vem rendendo frutos.
Em contrapartida, com presença inexistente em semileves e fraco desempenho com seus pesados, as vendas da MAN/VW caíram bem mais: 16,3%. Com isso, a marca perdeu 1,27 ponto de share e desceu para a segunda posição do ranking, com 26% de participação. 
Com forte presença no segmento de pesados, o menos afetado pela queda nas vendas de caminhões, além do bom desempenho de seu modelo semipesado, a Volvo conseguiu galgar duas posições no ranking semestral, subindo da quinta para a terceira posição, com ganho de 2,23 ponto porcentuais de share, o maior do período. Suas vendas cresceram 3,3% em meio à crise e a marca ainda ficou com 14,9% de participação de mercado.
Logo atrás, a Ford perdeu sua tradicional terceira posição e caiu para a quarta, com queda de 14,31%. Foi perdido 0,32 ponto de share, que desceu para 12,9%. A linha de extrapesados ainda não emplacou e o resto da gama está encaixada nos segmentos de maior declínio.
A Scania não conseguiu aproveitar em nada o momento de safra para vender seus pesados. Apresentou a maior queda percebida entre as dez marcas mais vendidas no semestre, com tombo de 28,3%, e também teve a maior perda de share, de 2,38 pontos, reduzindo sua participação para 10,5% e descendo da quarta para a quinta posição do ranking. 
Outra que na comparação semestral caiu uma posição, da quinta para a sexta, foi a Iveco, que registrou queda de 20,7% nas vendas do período e cedeu 0,71 ponto de participação, ficando com 6,55%. 
Todas as demais marcas de caminhões venderam menos de mil veículos no primeiro semestre. A International, graças à conquista de licitação pública para fornecimento de quase mil unidades de seu modelo semipesado, teve o maior crescimento de vendas do período (177%) e assim conseguiu seu primeiro ponto porcentual cheio de participação no mercado brasileiro, fechando o semestre com ganho de 0,81 e share de 1,2%. 
O restante das marcas tem menos de 1% das vendas de caminhões no País. A Agrale, mesmo com recuo de 20,9% na vendas do semestre, permaneceu com share estável de 0,29% e, ainda assim, subiu da nona para a oitava posição. 
A chinesa Sinotruk também subiu uma posição, da décima para a nona. Teve retração de 9,9% nas vendas, mas ficou com sua participação estável em 0,25% do mercado. 
A Hyundai, apenas vendendo seu estoque de caminhões médios HD, subiu da 11ª para a décima posição do ranking, mesmo com substancial declínio de 41,6% nas vendas do semestre, a participação praticamente não variou, ficou parada em 0,16%.
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