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Construção: vendas devem cair 19% em 2012


As vendas de equipamentos e máquinas de construção no Brasil devem encerrar o ano com pouco mais de 68 mil unidades, volume que, se confirmado, será 19% menor do que o verificado em 2011, quando o País consumiu 83.545 novas máquinas. A projeção foi apresentada em estudo da Associação Brasileira de Equipamentos para Construção (Sobratema), que atribui o resultado ao fraco mercado de caminhões neste ano.
“Esse resultado se deve, basicamente, ao declínio nas vendas de caminhões em função da antecipação de compras das empresas feita no ano passado, por causa das mudanças promovidas nos veículos modelo 2012 para atender as novas normas de emissões do Proconve-7, medida que deixou os veículos mais caros”, afirma Mario Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema. Ele acrescenta que o segmento de caminhões é responsável por até 50% do resultado final das vendas de equipamentos.

Na principal categoria do segmento, a linha amarela, que reúne a máquinas de movimentação de terra, como retroescavadeiras, pá carregadeiras, motoniveladoras, entre outras, a projeção aponta para queda menor, de 3% este ano contra 2011, para 29,7 mil unidades. Segundo Marques, o recuo é reflexo do ritmo menor das obras de infraestrutura durante o ano. “Os projetos em rodovias, ferrovias, nos portos e também na área de saneamento básico não aconteceram na intensidade que vinham ocorrendo”, explica. 
Apesar do resultado, a entidade aponta que o mercado sentiu os efeitos da redução da taxa de juros do Finame PSI, de 5,5% para 2,5% ao ano, e da desvalorização cambial no fim do primeiro semestre, elevando o ritmo das vendas a partir de agosto. Com esse impulso, a Sobratema aposta em tendência de melhora nos últimos meses do ano, sinalizando um bom mercado em 2013, com crescimento de 13% sobre 2013, que, se for confirmado, representará recorde de vendas do setor. Para a linha a linha amarela, as projeções apontam para alta entre 5% e 20% em 2013.
Segundo a Sobratema, a expectativa positiva também se deve ao anúncio de outras medidas do governo para estimular a economia, entre as quais um programa de concessões para a iniciativa privada em rodovias, ferrovias e novos projetos de infraestrutura, algumas no formato de parcerias público-privadas. Entretanto, o estudo aponta que a confirmação das boas perspectivas dependerá de fatores que envolvem o desempenho da economia, política cambial, juros e andamento dos projetos de infraestrutura. 
Entre 2013 e 2017, as perspectivas indicam que o crescimento médio anual das vendas de máquinas e equipamentos para construção poderão atingir 10,42%, sendo que entre 2013 e 2014 a taxa dessa evolução será maior em decorrência da retomada das obras do PAC e das novas concessões previstas para ocorrer neste período. Entre 2015 e 2017, o crescimento médio deve ficar em 8%.
FONTE: Automotive Business 


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