Facchini

Abralog se manifesta sobre restrição a caminhões na cidade de São Paulo

A Associação Brasileira de Logística (Abralog) anunciou hoje publicamente a sua posição contrária à nova restrição ao tráfego de caminhões determinada pela Prefeitura de São Paulo.
Em nota oficial, a Abralog, surgida no final de novembro pela união das duas maiores entidades do segmento no País (Aslog e ABML), afirma também que decisões sem a devida discussão com os setores interessados não resolvem problemas antigos e ainda conseguem criar novos contratempos.
Leia a íntegra da nota oficial:


“O trânsito não melhora por decreto!
A Associação Brasileira de Logísica, Abralog, lamenta que o avanço das restrições ao tráfego de caminhões seja tão inócua quanto tentar evitar a queda de aviões impedindo sua decolagem, já que ao proibir a circulação entre 4 e 10 horas, e 16 e 22 horas, a Prefeitura de São Paulo não dá opções, ao contrário da intervenção feita na Marginal do Pinheiros e Avenida Bandeirantes, que se deu após a entrada em operação do trecho do rodoanel que liga as grandes rodovias que vêm do Sul até o Porto de Santos.
A Abralog entende e é solidária com os problemas urbanos de uma metrópole como São Paulo, e sabe como é difícil conciliar a demanda de carga com a necessidade de maior fluidez do trânsito, mas sabe também que decisões abruptas e sem a devida discussão com os setores interessados não resolve na verdade nenhum problema antigo e ainda consegue criar novos contratempos.
No fundo, de prático mesmo, vai ocorrer apenas a mudança dos gargalos de hora e de região, além de transferir o problema de infraestrutura para as empresas, afetando toda a política de investimento de uma companhia, sem aviso prévio.
Melhor do que realizar investidas dessa natureza é parar, pensar, discutir, planejar com o envolvimento dos respectivos setores. A Associação Brasileira de Logística coloca-se à disposição para tanto. Mesmo porque, com 800 novos veículos entrando em circulação diariamente em São Paulo, não há medida restritiva de qualquer tipo que vá além de um efeito pontual e paliativo. Nossa região metropolitana precisa e clama por soluções estruturantes com visão de médio e longo prazos.
Reiteramos nossa intenção de colocar à disposição da Prefeitura e sociedade civil nossa colaboração. Afinal, representamos uma parcela importantíssima do segmento logístico e de empresas dos mais diferentes setores da economia, embarcadores, canais de distribuição e operadores logísticos. Temos, portanto, algum conteúdo, conhecimento, e, sobretudo, muito boa vontade.
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