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Montadoras apostam no aumento da venda de veículos comerciais leves para alavancar negócios na Fenatran 2011


Mercado aquecido, economia em alta e a ampliação da restrição de circulação de caminhões pesados em grandes centros urbanos do país são alguns dos fatores que vêm favorecendo as vendas do mercado de veículos comerciais leves. Em 2010, o segmento de caminhões leves (capacidade de 6 a 10 toneladas) vendeu 37,1 mil unidades, 30,7% a mais que em 2009. No primeiro bimestre deste ano, o aumento em relação à igual período do ano passado foi de 37,4%, com 5,7 mil unidades. É neste cenário, que várias montadoras focam seus lançamentos para a 18ª FENATRAN (Salão Internacional do Transporte), maior vitrine do setor, que a cada dois anos apresenta ao mercado as principais tendências e inovações para o segmento de transporte de carga. Este ano, o evento acontece de 24 a 28 de outubro, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. 
Com o mercado em expansão, as montadoras entram na “briga” para mostrar seus lançamentos e diferenciais aos consumidores. Esta competitividade movimenta toda a cadeia e traz benefícios reais para toda a sociedade, seja por conta dos valores mais acessíveis dos veículos, seja pelos agentes e sistemas de série cada vez menos poluentes.
“O impacto da restrição de circulação de caminhões em grandes cidades brasileiras tem contribuído para que indústrias, transportadoras e caminhoneiros busquem soluções para a distribuição de mercadorias seguindo as novas regras impostas pelas prefeituras. Os maiores players do mercado nacional e internacional mostrarão suas novas linhas para 2012 durante o evento”, explica o diretor da FENATRAN, Hercules Ricco. 
A CN Auto, importadora focada em comerciais leve, que participa pela primeira vez da FENATRAN, cresceu quase 200% no primeiro semestre em relação ano mesmo período do ano passado e está bastante otimista. “Fechamos o primeiro semestre de 2011 com vendas no atacado de 5.300 unidades, 199,1% superior em relação à igual período de 2010. E devemos fechar o ano com cerca de 14 mil unidades, contra as 5.700 unidades de 2010”, afirma Ricardo Strunz, Diretor Geral da CN Auto. “Cada vez mais no Brasil, como no restante do mundo, teremos fortes restrições quanto às emissões de poluentes. Hoje, no Brasil, os grandes centros urbanos já restringem a entrada de caminhões pesados. Os órgãos públicos procuram desviar as rotas de caminhões por meio de rodovias auxiliares, como o Rodoanel, permitindo que veículos menores complementem a finalização das entregas nas áreas centrais. Certamente, em breve, cidade médias também tenderão a adotar igual sistema de transporte”, afirma.
Já a Hyundai, após a crescente demanda nas vendas do caminhão HR, traz uma nova opção no segmento de veículos comerciais, o HD78, que atuará no segmento de 7.800 kg. O modelo, que também estará na 18ª edição da FENATRAN, utiliza motor quatro cilindros FTP (mesmo utilizado no Iveco Vertis) 3.9 turbo diesel Euro III com 155 cavalos de potência e 54 kgfm, e conta com transmissão manual de cinco marchas. 
A expectativa de uma safra recorde e a oferta de incentivos a pequenos agricultores para a aquisição de veículos de carga e agrícolas também ajudam a fortalecer o mercado de comerciais leves. Montadoras como a Effa Motors, importadora da marca chinesa JMC, apresentará dois modelos de caminhão leve na FENATRAN. Trata-se do N601, com capacidade para transportar três toneladas, e o N900, para quatro toneladas. “O mercado em que atuamos está em franco desenvolvimento, proporcionando boas expectativas de vendas para este ano”, afirma Clovis Kozikoski, gerente de marketing da Effa Motors. A expectativa é vender cerca de 3 mil unidades dos caminhões leves nos dois primeiros anos de oferta no mercado brasileiro.
Para atender às normas do Proconve P7, a Iveco vem desenvolvendo duas tecnologias para o tratamento dos gases: o EGR (Exhaust Gas Recirculation – Recirculação dos Gases de Exaustão) + DPF (Diesel Particulate Filter - Filtro de Material Particulado) e o SCR (Selective Catalitic Reduction - Redução Catalítica Seletiva). A tecnologia EGR+DPF é usada principalmente nos veículos leves. A vantagem é que ela possui uma menor quantidade de componentes e não necessita do uso de ureia. Já a tecnologia SCR é empregada nos pesados e, além de mais robusta ao alto teor de enxofre do diesel, possui como grande vantagem uma potencial redução no consumo de combustível, em relação a um veículo equivalente ao Proconve P5. “A Iveco é a empresa que mais cresceu nos últimos anos no Brasil. E vai crescer muito mais nos próximos anos. É uma empresa full range, ou seja, que comercializa uma das mais completas gamas de veículos comerciais. As contribuições são com produtos mais modernos, mais eficientes, mais amigáveis ao meio ambiente e, especialmente, mais rentáveis”, ressalta Alcides Cavalcanti, diretor comercial da Iveco no Brasil. O modelo Daily destaca-se com uma expansão de 55% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado, partindo de uma participação de 9,7% em 2010 para atingir 14,4% neste ano.
Além dos veículos, os implementos também estão se adaptando a esta nova realidade. A FENATRAN tem como expositores nesta área, grandes empresas como a RANDON, FACCHINI, GUERRA, LIBRELATO, entre outras. A FENATRAN acontece das 13h às 21h e tem entrada gratuita para os pré-credenciados pelo site (www.fenatran.com.br)
FONTE: Segs
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