Facchini


Porto segue líder no Comex de granéis

O Porto de Paranaguá registrou alta de 10% na movimentação de mercadorias nos primeiros cinco meses deste ano. Tal porcentagem permitiu um volume de 16,2 milhões de toneladas no período. Deste total, o grande destaque ficou por conta da exportação dos granéis sólidos, mantendo novamente o porto na liderança, ficando a frente de grandes terminais como o de Santos.
De acordo com a Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), a produtividade por berço de atracação do comércio exterior de soja, milho, farelo de soja, trigo e açúcar de janeiro a maio foi de 1,5 milhão de toneladas, 70% maior que a produtividade por berço atingida em Santos, que foi de 880 mil toneladas no mesmo período.
A eficiência dessa movimentação se deve ao corredor de exportação que é uma importante parte de todo o complexo infraestrutural de granéis sólidos. Dos 20 berços de atracação existentes no Porto de Paranaguá, cinco carregam exclusivamente granéis. Em Santos, dos 64 berços de atracação, 13 são dedicados a este tipo de operação. No geral, o porto paranaense é responsável por 34% de tudo o que o País exporta desses produtos.
“Quando se faz comparativos entre portos, precisamos comparar os de mesmas características. Santos está dentro da nossa realidade e, comparando nossos números com os deles, vemos que nos berços de granel, o porto paulista fez 880 mil toneladas por berço e nós, 1,5 milhão por berço”, disse Airton Vidal Maron, superintendente da Appa.
Segundo o executivo, a diferença vai aumentar em um futuro próximo por causa da execução dos projetos de ampliação em que o porto passará a contar com 32 berços de atração.
O projeto de ampliação dos portos de Paranaguá e Antonina está subdividido em nove grandes obras que somam aproximadamente R$ 1 bilhão em investimentos nos próximos anos. De acordo com o superintendente parte das obras será paga com recursos próprios da Appa, a partir da receita gerada pelas tarifas portuárias arrecadadas pelos portos. Outra parte será custeada com recursos federais que ainda dependem de negociação.
“Ao termino da execução dos projetos, passaremos da atual capacidade nominal do Corredor de Exportação, de nove mil toneladas por hora, para 18 mil toneladas por hora. Nos outros dois berços que movimentamos granéis, vamos também dobrar a capacidade nominal de movimentação com a instalação de novos shiploaders”, salientou.

Veículos
Além dos granéis, outro destaque foi a movimentação de veículos. Até maio, o porto movimentou – entre exportações e importações – 75 mil unidades, atingindo um aumento de 31% em relação à quantidade movimentada no mesmo período do ano passado.
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