Facchini


Caminhoneiros entram na justiça para garantir diárias

O acordo entre caminhoneiros e a Bunge Alimentos, fechado entre o Sindican de Londrina e a Bunge de Maringá (PR), caiu por terra na manhã de hoje, 7. Indignados pela falta de cumprimento do acordo, os motoristas entraram com um ação judicial, em Pelotas, para apreender a carga, com direito de venda, para saldar o prejuízo, conforme a lei, explica Rafael Vidoretti, representante do Sindican paranaense.

Quando os caminhoneiros chegaram ao escritório da Bunge, no posto Ongaratto, pátio onde estão parados desde segunda-feira da semana passada, 28, aguardando a chamada para descarregar, funcionários disseram que a Bunge Alimentos do Rio Grande não havia recebido nenhuma autorização de pagamento das diárias. "O acordo foi feito em Maringá (PR). A Bunge Sul é que não quer acertar. Assim, o acordo não saiu de dentro da sala", frisa Rex.
O acordo, fechado na tarde de quarta-feira, 6, segundo Jair Rex, caminhoneiro à frente do movimento, previa o pagamento de R$ 0,60 a tonelada/hora e 12 horas de prazo para descarregamento. "A lei é clara. É R$ 1 por tonelada/hora e cinco horas de prazo. Mas concordamos para não perdermos ainda mais, pois tem gente aqui parada há 10 dias", relata.
Os motoristas não descartaram o fechamento da BR-392 se a Bunge Alimentos não cumprir o acordo. E enquanto caminhoneiros e funcionários do escritório discutiam o cumprimento do acordo, outros impediam a saída de qualquer caminhão do pátio. Preocupados com a segurança do local, a Polícia Militar foi acionada pela Bunge.
A Bunge Alimentos, através de sua assessoria, inclusive a Bunge/Maringa, foram procuradas inúmeras vezes pelo Jornal Agora, para falar sobre o assunto, e não se manifestou até o fechamento desta edição.
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