Facchini


SP-315 espera recape há mais de 10 anos

Transitar pela rodovia SP 315, no trecho que liga os municípios de Ubirajara e Duartina, é um exrecício diário de paciência e muita cautela. Construída na década de 70, a via nunca foi recapeada, apesar de ser importante para o escoamento de laranja e cana-de-açúcar.
Há mais de 10 anos os moradores da região solicitam o recapeamento da via, segundo o presidente do Sindicato Rural de Duartina, José Yamaguti. 
“Estou cansado de pedir. Já recorri até ao atual presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado José Antônio Barros Munhoz (PSDB). Estamos esquecidos. Também fiz solicitação ao ex-governador José Serra, mas nada. Recorremos à imprensa, fizemos matéria em jornal, televisão, rádio, mas ninguém resolve”, lamenta.

O deputado, segundo o representante dos agricultores, chegou a orçar a obra. “Mas isso já faz anos. Ficava em R$ 18 milhões”, recorda-se. Yamaguti afirma que p trecho que precosa ser recapeado não chega a 30 quilômetros. Vai de Ubirajara até a rodovia SP-294, a Comandante João Ribeiro de Barros, passando por Duartina, rota do escoamento da produção de laranja da região. A cana, diz, segue via Espírito Santo do Turvo. 
A estrada é bastante movimentada, afirma Yamaguti. “E como está cheia de buraco, complica muito a vida dos agricultores da região. Aqueles que trabalham, como eu, com hortifruti, fazem duas, às vezes três, viagens para Bauru. Sem contar os danos que os buracos provocam nos veículos.”
O sindicalista não se conforma com a situação e fica surpreso quando percebe que vicinais que não têm a mesma função, ou seja, escoamento de produção, recebe outro tipo de atenção do Estado. “É certo que as vicinais são resultado da parceria município e Estado. Mas tem uma via que sai de Duartina e chega a lugar nenhum, conhecida como estrada do Quércia, que foi recapeada. Fernão a Gália está sendo recapeada, assim como a Ubirajara´-São Pedro. São todas estradas de pouco movimento.” 
Yamaguti frisa que são feitos apenas remendos. “Desde a construção da estrada, ela nunca foi totalmente recapeada. Eles fazem pedacinhos, mas precisam entender que essa rodovia não foi calculada para suportar peso de 50 toneladas. Ela foi projetada há 40 anos.”
Yamaguti diz que a SP-315 foi projetada para o tráfego de caminhões de até 12 toneladas. Mas hoje trafegam pela via veículos com até 50 toneladas. “A situação é tão crítica que ela foi batizada de rodovia da vergonha”, diz. 
A SP-315, segundo o sindicalista, tem piso irregular em vários trechos e buracos que crescem de tamanho dia a dia. Próximo a via existem cerca de 8 milhões de pés de laranja plantados, o que significa o trânsito de pelo menos 45 mil caminhões por ano para transportar a produção. 
Segundo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), o projeto de recuperação da rodovia SP-315 está concluído e aguarda cronograma de obras do governo do Estado. A assessoria do órgão não informou se a previsão de fazer o recape é para este ano.
FONTE: JCNET
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