Brasil: uma poupança rentável à Volvo; executivos da montadora enalteceram o mercado nesta terça-feira, 8, ao divulgar os resultados obtidos no País em 2010.
Base para as operações da marca na América Latina, o território brasileiro se revelou como o melhor para os negócios da fabricante na área de caminhões. Nos últimos dois anos, o País obteve o maior volume de vendas da empresa sueca no mundo.
Não à toa, a Volvo quer intensificar sua presença e expandir seus negócios no território. Porém, para fazer multiplicar o “potinho de ouro”, a montadora fará novos investimentos. Os planos não são amenos; de imediato anunciou R$ 25 milhões para nacionalizar a produção da tecnologia I-Shift (caixas de câmbio eletrônicas), até então importada da Suécia, e do motor de 11 litros. A aposta é fazer de 2011 um ano promissor.
Outros R$ 50 milhões darão suporte à construção de um novo centro de logística de peças de reposição, que atenderá o mercado sul-americano, no complexo industrial da Volvo, localizado em Curitiba, Paraná. O recurso será utilizado para obras civis e aquisição de equipamentos.
A unidade, com 28,2 mil metros quadrados, dos quais 22 mil metros serão destinados apenas à armazenagem, contribuirá para a implantação de um sistema global de gerenciamento à cadeia de suprimentos da Volvo.
“Vamos expandir todos os nossos recursos atualmente disponíveis para otimizar a gestão da cadeia logística”, declarou Paulo Turci, gerente de projetos da Volvo Parts na América do Sul e responsável pela implantação do novo centro.
No mais, Turci relatou que o novo CD - denominado Supply Chain Management – aprimorará o tempo de movimentação de cargas, além de aumentar a densidade de armazenagem. A unidade deve ser inaugurada até o fim deste ano. Apesar de ter realizado mil novas contratações em janeiro, a empresa garantiu que com a abertura do centro outras vagas serão abertas. A Volvo já possui outras cinco unidades semelhantes para a reposição de distribuidores domésticos e internacionais.
Com a nacionalização da I-Shift, que hoje equipa 60% dos caminhões da Linha F, a Volvo tem a perspectiva de elevar a demanda da solução nos veículos para 90%. Parte do aumento da demanda ocorrerá também em razão da inclusão do componente nos veículos de aplicação severa a partir de 2012, segundo a marca.
No Brasil, as caixas eletrônicas serão fabricadas na unidade de Powertrain, também localizada no complexo industrial paranaense da Volvo. Sérgio Gomes, gerente de planejamento estratégico da montadora, disse que, desde 2006 quando foi lançada, a tecnologia se tornou muito atrativa no mercado, em razão do conforto ao dirigir proporcionado ao motorista e pela possibilidade de redução do custo operacional ao transportador.
“Há uma substancial diminuição do consumo de combustível. Esta economia pode ser de 3% a 5% em relação à veículos equipados com caixas de câmbio manuais”, comentou. Esses fatores e o crescimento da demanda levaram a empresa a decidir pela produção do componente no mercado nacional.
A nacionalização não reduzirá o valor do componente. A Volvo espera comercializar o produto pelo mesmo valor, que vinha praticando até então.
FONTE: webtranspo.com.br