Facchini


Proibição de carga pesada em Belo Horizonte começa nesta segunda-feira

As operações de carga e descarga e a circulação de veículos com capacidade maior que 5 toneladas estão proibidas a partir desta segunda-feira (25) na região Hospitalar de Belo Horizonte (MG). As restrições também atingem os caminhões com comprimento igual ou superior a 6,5 metros. Até fevereiro do ano que vem, a proibição acontece das 7 às 9h e das 17 às 20h. Depois, a mudança passa a valer pelo dia inteiro. O motivo, segundo a BHTrans, é a melhoria do trânsito na área, que está sobrecarregado. 
Placas informando os condutores sobre a proibição foram instaladas em algumas vias da região. A área hospitalar é a quinta da região central da capital a receber a proibição. Desde outubro de 2009 a BHTrans vem alterando as regras de tráfego para os automóveis deste porte na cidade. O tráfego de veículos pesados já foi proibido no Hipercentro, Savassi, Barro Preto e nas proximidades da Assembleia Legislativa. 
Na região Hospitalar, as restrições abrangem as vias internas do perímetro entre a alameda Ezequiel Dias com avenidas Professor Alfredo Balena, dos Andradas, do Contorno, Getúlio Vargas, Afonso Pena, e ruas Bernardo Guimarães, dos Inconfidentes Pernambuco. 
De acordo com a BHTrans, as próximas restrições devem ocorrer na circulação de vias arteriais da cidade. As alterações vão acontecer em pontos específicos das avenidas Afonso Pena, Contorno, Raja Gabáglia, Prudente de Morais, Andradas, Pedro II e Antônio Carlos. As mudanças vão acontecer até fevereiro de 2011. Em casos excepcionais, poderá ser emitida uma autorização pelo órgão de trânsito autorizando o tráfego do veículo em um dia predeterminado. 
O motorista ou a empresa responsável pela carga deverá entrar em contato com a BHTrans e informar o tipo da carga e transporte, o dia e a hora da execução, origem da carga, destino e itinerário. De posse desses dados, a BHTrans vai avaliar a possibilidade de conceder a autorização. Em alguns casos, a empresa vai discutir com o solicitante outro horário ou itinerário para realização do transporte. Sendo confirmada a autorização, deverá ser feito um depósito bancário no valor de R$ 10,40, para cada autorização.
O Setcemg (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Minas Gerais) reclama das restrições impostas. Segundo a entidade, a proibição dos caminhões maiores acarretou um aumento médio de 18% no valor dos fretes para as áreas afetadas. Em alguns casos, este aumento chegou a 30%. Além disso, as empresas de transporte tiveram que mobilizar mais funcionários e aumentar o número de viagens. O taxista José Dutra, 45 anos, que trabalha no Hipercentro de Belo Horizonte também não vê muitos benefícios na restrição. 
Segundo ele, as empresas estão utilizando veículos menores, o que aumenta ainda mais o número de veículos nas ruas.
- Se formos considerar que a proibição acontece durante os horários de pico, quando o trânsito está complicado, a medida é boa, mas não podemos esquecer que as entregas não param. Sendo assim, as mercadorias chegam de outras formas, em outros carros menores.
FONTE: R7
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