Facchini

Greve de caminhoneiros ameaça deixar Grécia sem combustível

A Grécia enfrenta temores de uma renovada escassez de combustível, visto que milhares de motoristas de caminhões de frete iniciaram um novo protesto contra os planos do governo para liberalizar o setor a fim de ajudar a reavivar a economia grega atingida pela recessão.
Os motoristas formaram longas filas em postos de gasolina de Atenas numa repetição de um protesto similar de uma semana ocorrido em julho, que quase deixou o país sem combustível.
O governo socialista grego quer abrir o mercado de frete para uma concorrência plena dentro de três anos a fim de reduzir os custos do transporte que, segundo os traders, elevam de forma desordenada os preços de muitos produtos.
Nenhuma nova licença de frete foi emitida na Grécia durante anos, indicando que os interessados em adquirir as autorizações só podem obter as licenças existentes a um custo elevado.
Os caminhoneiros reclamam que a abertura à concorrência do setor de transporte, por meio da redução das novas taxas de licença, é injusta para os operadores existentes que já pagaram taxas altas para começar a trabalhar de até € 300 mil.
A Grécia tem sofrido ondas de greves e protestos contra os cortes orçamentários e reformas sem precedentes promovidas pelo governo grego, exigidas pelos países da União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como condições para a liberação de um pacote de ajuda neste ano para evitar que a nação declarasse falência.
Cerca de 200 mil pessoas protestaram no último sábado (11) nas ruas de Tessalônica, a segunda maior cidade do país, contra os planos de austeridade econômica do governo, antes de um discurso do primeiro-ministro, George Papandreou, no qual ele defendeu as medidas.
A Grécia está sob forte exame de seus credores da União Europeia e do FMI e a liberação dos empréstimos está condicionada à implementação das reformas.
Uma missão conjunta da União Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI iniciará nesta segunda-feira uma nova auditoria das finanças gregas que determinará o pagamento de parcela do empréstimo no valor de € 9 bilhões em dezembro. As informações são da Dow Jones.
FONTE: Estadão
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