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Volume de fretes rodoviários cresce 35% no terceiro trimestre

Adrian Matos/Instagram

Aumento no período foi impulsionado principalmente pela movimentação de fretes nas regiões Sul e Sudeste, que cresceram 27% e 10%, respectivamente

Com base na análise de 2,5 milhões de fretes durante o terceiro trimestre de 2021, a FreteBras, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul, divulgou nesta semana a 5ª edição do “Relatório FreteBras -- O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil”. Segundo o estudo, o volume de fretes rodoviários no Brasil cresceu 35% entre julho e setembro deste ano, na comoração com o mesmo período de 2020. De acordo com a plataforma, o crescimento foi impulsionado pela confiança das transportadoras na digitalização dos fretes, que tem ajudado as empresas a reduzirem os custos do transporte em até 23%, atacando novos mercados e conseguindo mais agilidade nos processos.

Ainda de acordo com a pesquisa, o terceiro trimestre de 2021 foi marcado por uma intensa batalha de recuperação econômica, já que a inflação ficou perto dos dois dígitos, além da taxa de juros em plena escalada, redução da renda da população, alta do dólar e dificuldade de acesso ao crédito.


“Apesar do cenário de incertezas e desafio econômico, vemos que o mercado de fretes rodoviários segue crescendo. O Brasil é extremamente dependente do modal rodoviário, por esse motivo, vemos um aumento a cada trimestre à medida que o País vai encontrando formas de se recuperar economicamente”, destaca o diretor de Operações da FreteBras, Bruno Hacad.

O crescimento expressivo foi impulsionado principalmente pelas regiões Sul e Sudeste.  No Sul, o aumento no volume de fretes foi de 27%, enquanto no Sudeste, o volume subiu 10%. A alta é explicada pelo grande número de fretes cadastrados nestas regiões, demonstrando a representatividade que ambas têm no total de carregamentos registrados na plataforma.


Valor do frete não acompanha altas do diesel
Ao longo de todo o ano de 2021, a FreteBras acompanhou a variação do preço do frete, sempre em comparação com o preço do diesel S500 na bomba, em função do alto impacto do combustível nos custos do transporte. Mês a mês, a situação se repetiu: o preço do diesel aumentou, enquanto o valor dos fretes permaneceu estável. De janeiro a setembro de 2021, o preço do diesel S500 na bomba subiu cerca de 27,9%, enquanto o preço do frete por quilômetro rodado por eixo subiu apenas 1,9%.


Digitalização do setor puxa crescimento dos fretes
Ao longo da pandemia, vários setores tiveram um boom de digitalização. No segmento de Transportes e Logística, não foi diferente. Essa transformação auxiliou para que houvesse aumento no volume de fretes no terceiro trimestre de 2021. “As empresas foram obrigadas a se reinventarem e encontraram nas soluções digitais, como a nossa plataforma, uma maneira de controlar os gastos, atender novos mercados e localidades, sem perder na qualidade da entrega, além de economizar tempo. Micro e pequenas empresas conseguiram contratar mais fretes por terem se adaptado melhor às necessidades do mercado, em função de seu tamanho e menor investimento em ativos imobilizados, como frotas próprias. Isso contribuiu para que elas atingissem um crescimento de até 200% nesse período e uma economia de 23% frente ao aumento da frota própria. Este cenário impactou diretamente nos resultados do nosso relatório”, acredita Hacad.


Setores que movimentaram o Brasil no terceiro trimestre do ano
Segundo a Fretebras, o agronegócio puxou a oferta de fretes no período, com 39,7% das cargas registradas na plataforma e cerca de R$ 7,8 bilhões movimentados. Os estados mais significativos para o desempenho do segmento foram São Paulo (15%), Rio Grande do Sul (13,6%), Paraná (12,8%) e Minas Gerais (12,4%). Os produtos mais transportados foram fertilizantes (36,7%), milho (11,6%) e soja (6,7%). Na comparação entre o terceiro trimestre deste ano com o mesmo período em 2020, os fretes do agronegócio aumentaram 37,4%.

Os produtos industrializados também se destacam, sendo responsáveis por 26% dos fretes anunciados na FreteBras entre julho e setembro deste ano. Os itens mais transportados no período foram os alimentícios (19,8%), seguidos por máquinas e equipamentos (11,3%) e siderúrgicos (10%). Os estados de maior destaque no desempenho do segmento foram São Paulo (30,3%), Paraná (13%) e Minas Gerais (10,8%). Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o setor teve crescimento de 18% no volume de transportes.

Já os fretes de insumos para construção corresponderam a 12,6% dos anúncios registrados na FreteBras no período. Os produtos mais transportados foram cimento (38,5%), telha (7,1%) e pisos (5,9%). Em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, houve crescimento de 20,8% no volume de fretes da categoria e os estados que mais carregaram insumos no setor foram Minas Gerais (45,5%), São Paulo (14,6%) e Paraná (7%).

Confira na íntegra o relatório da Fretebras: CLIQUE AQUI


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