Facchini

Maior capacidade de carga da categoria faz do novo “Mercedinho” uma ótima escolha

O transporte de cargas no Brasil está mudando. As inúmeras restrições ao tráfego de caminhões nas grandes cidades do País forçaram a explosão de um novo setor na logística das empresas. Com os VUCs, o mercado ganhou um dinamismo diferente. No entanto, a capacidade de carga ainda é importante. E esta á a maior qualidade do Accelo 815, o novo “Mercedinho”.
Com este lançamento, a Mercedes-Benz se tornou a fabricante com o maior VUC do segmento. É possível levar até três vezes mais carga que as vans orientais em peso e até duas vezes mais em volume de carga. Tudo isso graças ao modelo 1016, que possui PBT de 9.600 kg, com 6.300 kg de capacidade de carga. Os 6,134 metros de comprimento do 1016 ainda estão dentro dos 6,30 metros de comprimento e 2,20 metros de largura permitidos para que um veículo seja considerado um VUC.
A equipe do Brasil Caminhoneiro teve a oportunidade de andar com este novo caminhão. Testamos o modelo Accelo 815 no bairro Riacho Grande, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Entre os detalhes da ficha técnica do leve, destacamos três pontos: motor, transmissão e freios. O motor teve um incremento com a eficiência energética que faz parte do pacote da tecnologia BlueTec 5. Agora são 156 cv de força e 580 Nm de torque dentro da faixa entre 1.200 e 1.600 rpm. O sistema de pós-tratamento optado pela Mercedes-Benz é o SCR, que faz uso de um tanque de Arla 32 para reduzir as emissões nocivas. Aqui também chama a atenção o intervalo de troca de óleo, que passou de 20.000 para 45.000 km.
Os dois novos Accelo são equipados, de série, com a transmissão ZF S5-580, câmbio de 5 marchas sincronizadas. Opcionalmente, o 1016 pode receber o câmbio Mercedes-Benz G-56 de 6 marchas, que é obrigatório na aplicação de 13.000 quilos de PBT.
Um dos grandes destaques dos caminhões Mercedes, o freio motor Top Brake também está presente na família Accelo. O sistema de freios, à tambor, é de ar comprimido de dois circuitos.
Unidos, estes itens são responsáveis por uma experiência leve à direção. A retomada do Accelo nas saídas é potente, e a capacidade de manobra do modelo impressiona. Durante o teste, manobramos o caminhão por duas vezes em uma rua estreita, com espaço para apenas um veículo passar, caso outros estejam estacionados dos dois lados da rua.
O interior da cabina também chama a atenção. Assim como em outros modelos da Mercedes-Benz, os detalhes de acabamento receberam tratamento especial. Claro que não chega a ter os itens de conforto de um extrapesado premium, mas o conforto que o Accelo proporciona está entre os melhor veículos da categoria.
Vale destaque para a qualidade do revestimento dos bancos, que não incomodou, sendo superior ao que podemos encontrar em outros modelos do mercado. Por falar em banco, o central pode ser rebaixado para frente, expondo uma mesa com descanso de copo e espaço para encaixar uma planilha, um caderno ou algum outro objeto que o motorista use para fazer suas anotações da viagem.
Para aqueles que preferem fazer uso da tecnologia, o computador de bordo do Accelo recebeu uma repaginada, agora mais fácil de ser visualizado. Junto ao indicador do combustível está o nível de Arla, que com uma chamativa luz azul mostra ao motorista o status do tanque do aditivo.
O modelo que testamos, o Accelo 815/31, está custando na faixa de R$ 122 mil. Preço que vale o investimento, seja pela capacidade de carga ou pelo conforto do veículo.
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