Facchini

Randon New R

Caminhoneiros tentam se prevenir dos roubos nas estradas

Com o aumento dos roubos de carga, os caminhoneiros que cortam as estradas do Alto Tietê ficam preocupados. De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, Neste ano, de janeiro a junho, o aumento é de 36% em relação ao mesmo período do ano passado.
Foram160 casos, contra 117 em 2015 e 108 no ano anterior. A maioria dos casos  desse ano foram registrados em Itaquaquecetuba: 54. Em seguida está Suzano, com 32 casos.
Juarez da Silva diz que as paradas nos postos de gasolina para o descanso sempre lhe trazem preocupações. “Uma vez eu já fui roubado e a gente fica assustado. Eu gosto de ficar perto das bombas para ficar perto do movimento e me sentir mais seguro.”
Valdir Moro é caminhoneiro há trinta anos. Ele conta que trocou o caminhão por um mais velho e, desde então, se sente mais seguro. “O caminhão melhor é mais perigoso. Assim o ladrão vai querer roubar só a carga e não o caminhão”, comenta.
Renato Inoe às vezes muda o horário da viagem. “Mais de madrugada é bom evitar. Você está andando e, de repente, vem um carro e encosta do seu lado e você já acha que estão querendo fazer alguma coisa.”
Mesmo com o rastreador de caminhão, Maurici da Cruz não se sente seguro. “Eles colocam o chupa-cabra e corta o sinal de celular e de rastreamento.”
O sargento da Polícia Rodoviária, José Francisco de Almeida, diz que as quadrilhas se especializam para praticar os crimes e agem cada vez mais rápido. Por isso, os policiais trabalham na região com a prevenção dos roubos. Equipes do TOR (Tático Ostensivo Rodoviário) atuam em pontos estratégicos, sabendo as preferências dos bandidos. “Sabemos que eles evitam passar em praças de pedágios e, por isso, nós ficamos em locais que não tem pedágio”, explica.
O sargento diz que é importante que os motoristas não parem pra descansar em acostamentos, prefiram postos de combustíveis movimentados e liguem para a polícia se passarem por situações suspeitas. “Eles passam pelo veículo e informam que há algo de errado, solto no caminhão. O caminhoneiro desconfia, mas prossegue. Depois passa mais um veículo informando a mesma coisa. O caminhoneiro acha que de verdade acontece a mesma coisa e para no acostamento, quando é feita a abordagem.”
FONTE: G1 
NOTÍCIA ANTERIOR PRÓXIMA NOTÍCIA