Facchini

Quadrilha que usava mulheres como isca para roubar caminhões é presa

Uma quadrilha especializada em roubar caminhões com carga foi presa em uma operação da Polícia Civil, nesta segunda-feira (11), na região de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, o grupo usava mulheres como 'iscas' nas estradas. Elas pediam carona para motoristas, até que o restante da quadrilha esperava em um local para fazer a abordagem e anunciar o assalto.
De acordo com a delegada Anamaria Machado, as mulheres usadas pela quadrilha conversavam com as vítimas durante o trajeto, até que chegasse ao local aguardado pelos demais assaltantes que faziam o roubo do veículo com a carga. Sete pessoas foram presas, inclusive as mulheres. As investigações começaram há três meses.
Na operação os policiais resgataram um motorista que ficou refém da quadrilha por mais de um dia em um cativeiro. A vítima foi abordada no sábado (9) pelos criminosos, perto de Primavera do Leste. O caminhoneiro foi abordado e levado para uma região de mata, a 20 km da cidade. Ele foi vigiado em um cativeiro por dois homens armados, enquanto o restante da quadrilha levou o caminhão e a carga para outro local.
Os assaltantes descarregaram o produto e o veículo foi levado para Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, onde foi recuperado pela polícia. Dois assaltantes foram presos no cativeiro e quatro presos em uma borracharia. O grupo retirava rodas de outro caminhão, possivelmente roubado.
As duas mulheres foram encontradas em um quarto de hotel ainda na cidade. Uma delas foi liberada. Conforme a Polícia Civil, o caminhão estava carregado com R$ 60 mil em grãos de soja.
Quadrilha
O líder da quadrilha já tinha antecedentes criminais por roubos de caminhões em cargas nas regiões de Rondonópolis, Paranatinga, Campo Verde, Poxoréu, Nova Mutum, Tangará da Serra e Campo Novo dos Parecis e Sorriso. Todas as localidades são produtoras de grãos e também usadas para escoamento de produtos agrícolas e combustível.
Segundo a delegada, o líder usava documentos falsos e é considerado um dos maiores assaltantes nessa modalidade. De acordo com a investigação, a quadrilha retira a carga do veículo e, logo em seguida, repassa a compradores. Na maioria das vezes, quando o caminhão não é desmontado e tem as peças revendidas, é levado para a Bolívia em troca de drogas.
Os presos vão responder por crimes de roubo majorado, com restrição da liberdade, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa.
A operação apreendeu duas carretas, placas frias de veículos, documentos falsos, adesivos e dois revólveres calibres 32 e 38.
FONTE: G1 
NOTÍCIA ANTERIOR PRÓXIMA NOTÍCIA