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Crise deixa 3 mil carretas paradas no Espírito Santo

Cerca de 600 carretas das 3 mil paradas no Espírito Santo estão em pátios de Iconha, no Sul do Espírito Santo, segundo a Associação dos Caminhoneiros do Sul do estado (Ascames). Os caminhoneiros da cidade afirmam que passam por uma das piores crises do setor nos últimos anos.
A cidade, conhecida por ser a capital dos caminhoneiros no estado, tem uma média de um caminhão para cada oito habitantes. Mas, para os condutores, as viagens feitas não compensam mais.
“Por exemplo, você faz um frete de R$ 10 mil, mas gasta R$ 7 mil de despesa. Tem que pagar funcionário e outras despesas, como pneus. Teria que sobrar R$ 10 mil numa viagem dessas, ida e volta, mas sobram só uns R$ 3 mil”, falou o empresário Cláudio Valiatti.
O representante da Ascames João Netto disse que o transporte depende da venda da movimentação de outros setores.
“A fábrica de cimento não está vendendo cimento, material de construção não está vendendo. O motorista está parado, está precisando ter uma despesa de aluguel e não consegue, porque não tem trabalho. Para colocar um caminhão para rodar na rodovia, nós temos que pagar impostos, pedágios, o desgaste do carro, derivado de petróleo, óleo diesel e outras coisas”, explicou.
O caminhoneiro João Paulo Carvalho tem 12 anos de estrada e herdou a profissão do pai. Nos últimos, meses viu colegas perderem o emprego, por causa da crise.
“Muitos amigos que trabalhavam junto da gente, na empresa, foram dispensados, porque as cargas, que eram bastantes, diminuíram muito. Aí sobrou caminhão parado, o que, para a empresa, é prejuízo. Então, tiveram que dispensar”, falou.
FONTE: G1 
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