Facchini

Caminhoneiros em Rondonópolis podem parar e aderir a manifesto

Os caminheiros em Rondonópolis podem cruzar os braços a qualquer momento e aderir ao movimento contrário ao preço ‘abusivo’ do litro do óleo diesel, incluindo ICMS, e baixos preços do frete. Segundo representantes do setor do transporte de cargas em Mato Grosso, alguns empresários do município na região Sul do Estado já não estão enviando seus caminhões para carregar no Médio-Norte.
Caso Rondonópolis venha a aderir ao protesto Mato Grosso passará a ter cinco municípios em manifesto. Além do Estado, que é o maior produtor de grãos e gado do Brasil, há paralisações de transportadores e caminhoneiros em Vilhena (Rondônia) e no Capitão Leônidas Marques (Paraná).
Mato Grosso está há cerca de 10 dias com manifestos do setor, tento as paralisações iniciadas em Tangará da Serra na MT-358 e em Campo Novo dos Parecis na BR-364. Nesta quarta-feira (18) os bloqueios começaram na BR-163 em Lucas do Rio Verde no Km 686 (perímetro urbano) e em Nova Mutum no Km 593.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Mato Grosso (Sindicam-MT), Roberto Pessoa, em entrevista ao Agro Olhar, não está descartada a adesão de Rondonópolis. A entrada do principal município da região Sul no movimento dependerá de reuniões da categoria.
O presidente da presidente da Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso (ATC-MT), localizada em Rondonópolis, reforçou ao Agro Olhar que a entidade apóia a decisão dos empresários e caminhoneiros. “A ATC está fazendo um trabalho de conscientização para que não bloqueiem totalmente as rodovias. Alguns empresários relataram que não irão enviar seus caminhões para as cidades em manifesto para carregar”.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), ainda não há informações se haverá manifestos em Cuiabá, também.
Como o Agro Olhar já comentou o protesto dos empresários do setor de transporte rodoviário de cargas e dos caminhoneiros em Nova Mutum e Lucas do Rio Verde será das 8h às 11h e das 13h às 19h nesta quarta-feira (18) e quinta-feira (19). Já na sexta-feira (20) nenhum tipo de caminhão terá permissão para trafegar.
Em Lucas do Rio Verde cerca de 200 pessoas participaram da manifestação. Em entrevista ao Agro Olhar, o empresário Gilson Baitaca, um dos líderes da manifestação em Lucas do Rio Verde, declarou que cargas vivas, carros, ônibus e ambulâncias. Baitaca salientou ainda que os caminhões das empresas e caminhoneiros encontram-se estacionados nas garagens das empresas ou em postos de combustíveis. “Não está rodando nenhum. Os caminhões que estão na pista são os que estavam em trânsito e estão sendo parados”.

Pautas de reivindicações
Entre os itens de reivindicações, segundo a categoria estão a redução do preço atual do litro do óleo diesel e da gasolina, além da “proibição por parte do Governo de Mato Grosso da comercialização de frete por parte das Tradings e Agenciadores de Cargas com valores abaixo da Lista de Preços Mínimos de Fretes, instituída pela Sefaz/MT através da Portaria nº 244/2014, sob pena dos mesmos perderem os seus incentivos fiscais junto ao Estado e terem suas respectivas inscrições estaduais suspensas. 
Ainda a redução da alíquota de ICMS incidente sobre os preços do óleo diesel de 17% para 12%; Sanção Presidencial sem vetos do Projeto de Lei nº 4246/2012 que Regulamenta a Profissão de Motoristas Profissional e disciplina sua jornada de trabalho”.
FONTE: Olhar Direto
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