Facchini

Randon New R

O melhor Scania até hoje

Os 27 caminhões comprados pela Rodoborges (transportadora mineira dedicada ao negócio de fertilizantes), das versões Highline e Streamline, foram parte para a renovação da frota e parte para aumentá-la. A escolha, além do fator preço – este, um ponto assumidamente declarado pelos irmãos sócios e proprietários Claiton Borges e Arlei Rodrigues Borges –, também considerou a produtividade que os veículos estão trazendo para a empresa, sobretudo os 12 Streamline, que têm colaborado na redução de consumo de combustível.
Isso porque os modelos Scania Streamline nasceram para serem produtivos, assim como todos os outros caminhões (como, diz o marketing de todas as marcas), mas nem sempre todos conseguem. Já os Stremaline foram desenvolvidos com um conjunto de inovações tecnológicas e alterações aerodinâmicas que, se somadas, resultam em uma economia de combustível de até 4%.
Os caminhões dessa gama passaram por mudanças estéticas discretas, pois essas alterações levaram mais em conta a aerodinâmica. A grade frontal e o quebra-sol ganharam novo desenho, o que melhorou o fluxo de ar lateral e reduziu a resistência ao vento e o nível de ruído. As aletas comuns à linha tradicional da marca, no Streamline, saem de cena para dar lugar a um defletor. Essas alterações renderam uma economia de 0,6% de combustível, também graças aos defletores de série. A linha traz de série também lanternas em LED e faróis H7 de halógeno, e, como opcional, faróis de xenônio. O renovado controle da suspensão a ar ganhou quatro opções de memória e alta de 25% no intervalo de manutenção.

Para satisfazer o cliente
Graças ao sistema de produção modular da fabricante, o conceito Streamline pode ser incorporado aos caminhões da família G com motores de 360 cv e 400 cv, e as famílias R e R Highline com motores de potências de 400 cv, 480 cv, 560 cv e 620 cv – os dois últimos com motores V8 – configurados 4x2, 6x2 ou 6x4.
A versão eleita nos Streamline da Rodoborges é a R 440 6x4. Possui o motor DC13 112 com potência de 440 cv a 1 900 rpm e torque de 234,6 mkgf entre 1 000 e 1 300 rpm. Trata-se de um propulsor de 13 litros, com arquitetura de 6 cilindros em linha e 4 válvulas por cilindro, que atende a norma de emissões P7 pelo sistema de pós-tratamento SCR. 
E para assegurar rendimento no trabalho e economia de combustível, esse propulsor trabalha em harmonia com a caixa de câmbio Opticruise, que está em sua quarta geração, ou seja, mais inteligente em relação à caixa anterior, já que ganhou um software que é capaz de eleger a marcha (modo de condução) mais correto, conforme a topografia da pista, do comportamento do motorista e do peso da carga, incluindo o peso do implemento. E para tal, a Opticruise trabalha com quatro modos de condução: o econômico, cuja função é evitar o consumo excessivo de diesel, desabilitando o kickdown, possibilitando trocas manuais de marcha quando o veículo está em velocidade superior a 50 km/h.
Contudo, apenas esse modo amplia a economia de combustível em até 2%; no modo potência é possível alcançar o máximo desempenho do motor. O modo padrão combina potência e economia, e modo off-road ajuda o motor trabalhar em rotações mais amplas. Com essa caixa é possível conseguir uma economia de diesel de 0,4%, muito em razão do baixo atrito da caixa, por meio da otimização dos níveis de óleo no componente.
Outro item que foi renovado com o mesmo objetivo é o Scania Ecocruise, piloto automático inteligente que identifica trajetos com muitas subidas, descidas e gerencia a velocidade do veículo, permitindo reduzir consumo de diesel, sem perder performance. Essa ferramenta ajuda a aumentar a economia de diesel em até 1%. O eixo traseiro equipado nessa linha é o R885, com capacidade máxima de tração aumentada em 18%, ou seja, de 66 t para 78 t, e com isso, a Scania estima um aumento de 50% da vida útil do equipamento.
No que se refere à segurança, os modelos Streamline possuem freio retarder que, junto com o freio motor convencional, pode chegar a uma potência de frenagem de 670 cv. Também pode integrar o bafômetro no painel de instrumentos que mede o teor alcoólico do condutor, e se estiver alterado, o sistema impede que a partida seja dada. Há também o ESP (controle eletrônico de estabilidade), que estabiliza o veículo em curvas, por exemplo, e a função Hill-Hold, que na subida mantém o freio auxiliar em ação para que o caminhão não volte para trás no momento entre tirar o pé do freio e colocá-lo no acelerador.
O interior da cabine, apesar de ter ganhado novidades, permanece com o seu alto padrão de conforto a bordo. A curvatura do painel permite uma posição mais correta. A Scania sempre privilegiou a ergonomia. O cliente vai encontrar um novo computador de bordo, com uma aparência mais limpa, e ao mesmo tempo, com a grafia mais destacada para melhor compreensão do condutor. O novo rádio possui GPS, bluetooth e USB integrados, e o acabamento da cabine recebeu revestimento mais nobre. Os bancos contam com ventilação e ajuste de pescoço, e o climatizador é de série.

Na Rodoborges
O preço não foi revelado, mas uma versão R 440 Highline 6x4, segundo a tabela Fipe, é comercializado pelo valor médio de R$ 442 660. Na pesquisa da Fipe ainda não consta o preço do Streamline.
Os irmãos Borges, que desde o início da empresa, lá pelos anos 1990, compram Scania, decidiram mais uma vez renovar a frota com a marca. E a escolha tem trazido resultados positivos, pois os veículos chegaram a apresentar uma média de 3% de economia, em relação aos modelos R convencionais.
Para se ter uma ideia, em quase um ano que a empresa está com os 12 Streamline rodando, juntos deixaram uma economia anual em torno de R$ 30 mil em diesel, rodando uma média de 8 000 km por mês. Obviamente que parte do resultado se deve à política de treinamento que a empresa faz com os motoristas. “Além de eleger caminhões mais sofisticados, porque eu sei que isso faz a diferença, tanto pela qualidade de vida a bordo para o motorista, algo que nós fazemos questão de prover a eles, como para a segurança deles, nós treinamos constantemente nossos funcionários, mesmo porque sabemos que não adianta nada ter um equipamento de ponta sem motoristas de ponta”, destaca Claiton Borges.
Escolher caminhões sofisticados é uma das estratégias da transportadora, que aliada à política de salários e benefícios, e os proprietários estarem sempre atentos para promover um ambiente bom de trabalho, são algumas das estratégias para reduzir ao máximo o índice de turn over de motorista. Soluções que parecem dar certo, já que dos 100 caminhões que a empresa possui, nenhum está parado por falta de condutores.
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