Facchini

Quem disse que um caminhão não pode ser bonito?

A Scania está sempre em evidência quando o tema é o universo dos veículos comerciais, pois ela é uma das que está à frente quando se trata de inovação.
Isso tem chamado a atenção de fãs da marca em todo mundo. Não por acaso, está circulando na internet e nas mídias sociais imagens de um caminhão que leva nome e possui desenho parecidos aos dos modelos da marca, no entanto, não se trata do genuíno sueco.
Pirataria no mundo automotivo? Não, apenas uma declaração de amor vinda quase do Oriente.
Levent Tuna, de 24 anos, é um artista nato, mas que se formou em design pela Universidade Sinan de Belas Artes, em Istambul, capital da Turquia. 
Após cumprir suas obrigações com o exército, o artista e fã da Scania começou a desenvolver design para móveis. O jovem, durante o seu período na universidade, chamou a atenção dos professores e dos colegas porque desenvolveu diversos projetos de atrair a atenção de muitos profissionais da área automotiva. Desenhou conceitos para carro esporte a veículos comerciais. 
“Desde 1950, meu avô era motorista de veículos comerciais, mais tarde o meu pai também passou a ser caminhoneiro. 
Frequentemente eu estava junto com meu pai e, por ter esse convívio, acabei me apaixonando por caminhões, tinha muito orgulho do caminhão que meu pai dirigia.” 
Durante um bom período da universidade, essa paixão foi deixada um pouco de lado, porém o respeito pela classe e por esses “brutões” o motivou e o conduziu a desenvolver projetos nesse sentido. Muito do que Tuna aplicou nesse seu Scania-conceito veio de alguns desejos sobre o que ele acharia pertinente para um caminhão. Talvez por ele não ter se limitado a sonhar, é que tenha conseguido respeito através dos seus desenhos. Como consequência, ele conseguiu criar sua marca “LT”, hoje utilizada em suas assinaturas quando realiza trabalhos como colaborador para um estúdio local. Os primeiros esboços foram realizados com a ajuda de pesquisas na internet. Após pesquisas intensas, já com muitas obras análogas e referências, Tuna começou a filtrar o conceito e a dar vida a ele através de uma maquete. 
“Muitos motoristas se identificam com seu caminhão, comprovando que um design ameno e sóbrio possui um significado, muitas vezes, maior”, diz o jovem designer, atribuindo a sobriedade ao seu R 1000. 
Além disso, ele associa a estética sóbria à aerodinâmica. “A maioria dos caminhões possui a parte frontal muito parecida com um armário, eu tentei suavizar isso, mas sem causar grandes impactos no sistema de entrada e saída de ar, porque a aerodinâmica deve ser preservada.” Com esse enfoque, Tuna se estabelece também, no ramo da aplicabilidade, pois as formas e dimensões podem ser aplicadas ao cotidiano do motorista em suas rotas diárias, sem prejudicar a aerodinâmica. 
“Os caminhões bonitos chamam a atenção das pessoas, e isso ocorre também com os utilitários. Dessa forma, um bom designer pode também gerar entusiasmo aos consumidores dessa categoria de produtos”, diz ele.
Tuna não teve como propósito fazer com que o motorista se identifique com seu caminhão, mas sim mostrar que é possível fazer coisas atrativas, assim como num carro esportivo, em veículos de trabalho, ser sóbrio, com diversão.
Uma mostra significante disso foi o sucesso imediato que Tuna teve na Europa ao divulgar sua obra nas mídias sociais. Ele foi caracterizado como um bom designer com bons conceitos. A decisão de eleger a marca Scania recai claro, sobre sua estima por ela, mas também em razão da presença global da fabricante, que, segundo Tuna produz caminhões modernos e sofisticados. 
Tuna conseguiu, de fato, dar um toque pessoal em sua obra: o desejo de criar uma máquina com 1000 cv de potência. Quem sabe um sonho, após “mil e uma noites” de dedicação não possa se tornar realidade. 
Para ter acesso a mais imagens do caminhão em ótima qualidade, há muitos vídeos em www.youtube.com.br.
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