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Novo programa da Mercedes-Benz conscientiza sobre importância da manutenção dos freios da carreta

Um novo programa que visa aumentar os cuidados dos caminhoneiros com suas carretas foi anunciado pela Mercedes-Benz do Brasil. A área de Global Training da empresa, localizada na unidade de Campinas – SP, desenvolveu a cartilha de Manutenção de Freios de Carreta, distribuída diretamente a clientes ou por meio da rede de concessionários.
Este livreto foi especialmente concebido para motoristas, auxiliando-os no dia-a-dia. De forma didática, o material aborda em detalhes a importância da harmonização dos freios do cavalo-mecânico com os dos diversos tipos de semirreboques.
“Muitos motoristas realizam manutenções preventivas e corretivas somente em seus caminhões, não se preocupando com a verificação e manutenção periódica do funcionamento do sistema de freios dos implementos que rebocam, deixando para o cavalo-mecânico a responsabilidade de parar também o semirreboque”, afirma Eustaquio Sirolli, gerente sênior de Treinamento de Vendas e Pós-Venda da Mercedes-Benz do Brasil.
De acordo com o executivo, na frenagem desses veículos, a situação ideal é aquela na qual o cavalo-mecânico não precisa “segurar” o implemento. “Em nossas pesquisas de campo, nos deparamos com veículos nos quais a composição é freada mais pelo cavalo-mecânico do que pelo implemento”, diz Eustaquio. “Pensando então em alertar os motoristas para essa situação, elaboramos o livreto, que contribui para maior segurança do caminhão e da carga, assim como a segurança pessoal do condutor e de outras pessoas que circulam pelas vias e estradas”.
Além de garantir maior segurança nas estradas, graças às melhores condições de frenagem do conjunto e melhor dirigibilidade, a observação das dicas do livreto elaborado pela Mercedes-Benz resulta também numa maior durabilidade dos componentes do sistema de freios do veículo e do semirreboque.
Em geral, carretas equipadas com freios a tambor, por exemplo, apresentam potência de frenagem inferior a do sistema de freios dos cavalos-mecânicos, sobrecarregando-os durante as frenagens. Com isso, elas “empurram” o cavalo-mecânico e esse tem que frear pelos dois, prejudicando a dirigibilidade e danificando discos, pastilhas, rolamentos, retentores e até cubos de rodas.
Esse efeito nem sempre é percebido pelo motorista. Para evitar esse tipo de situação, o livreto traz diversas recomendações. Por exemplo: verificar sempre a espessura das lonas e as condições dos tambores de freios; utilizar sempre, na carreta, lonas de freio de alta qualidade com coeficiente adequado de atrito; atentar para os pneus desgastados, que podem afetar as condições de frenagem, mesmo em veículos com sistema de freio em boas condições; verificar a regulagem da antecipação de freios da carreta.
O livreto alerta também para a importância da verificação constante do sistema de ar comprimido, no que se refere a vazamentos em conexões, vedações, mangueiras, válvulas, cuícas e tristops. Devido ao seu comprimento, perdas nas tubulações e atrito do ar com o circuito de ar comprimido, a carreta demora mais a responder a uma frenagem do que o cavalo-mecânico. Por isso, na aplicação dos freios, deve haver uma antecipação de frenagem da carreta, evitando assim a transferência de carga para o cavalo. Os sistemas de freios pneumáticos dos cavalos-mecânicos permitem que se regule a antecipação de frenagem dos semirreboques.
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