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Apesar de conter ureia como o Arla 32, urina pode corroer componentes do caminhão

A tecnologia Euro 5 e os sistemas de pós-tratamento de gases poluentes trouxeram ao Brasil muitos termos novos. EGR, SCR, OBD. Estes nomes já não são tão estranhos ao caminhoneiro. No entanto, um destes novos componentes passou por uma mudança de nome para evitar uma possível confusão com a urina humana, algo que nem todos se lembram. Esta substância é o Arla 32.
Quando o Euro 5 estava começando no Brasil, o Arla 32 ainda era chamado de ureia. Esta nomenclatura foi alterada, porém, para evitar que a solução fosse confundida com a urina. Apesar da aparente semelhança, uma vez que ambos possuem ureia em sua composição, Arla 32 e urina são dois compostos completamente diferentes, como explica o engenheiro da área de reposição da Ford, Paulo Carpenito.

“O ARLA32 é composto por 67,5% de água e 32,5% de ureia técnica, ou seja, produzida em laboratório. Já a urina humana é composta por 95% de água e 5% de ureia, mais ácido úrico, cloreto de sódio e outros componentes”, afirmou o engenheiro. Ou seja, não adianta tentar “enganar” o computador de bordo de um caminhão Euro 5 jogando urina humana no tanque de Arla. Não somente o sistema eletrônico do caminhão não aceitará a substância como diversos componentes importantes, e caros, podem ser seriamente danificados por esta prática.
“A redução catalítica não será eficaz, pois possui menos de 5% de uréia (contra 32,5% do Arla 32) e o sensor de NOX irá acusar alto nível de emissões, tirando a potência do motor. Além disso, o ácido úrico e o sal (cloreto de sódio) irão provocar corrosão no EGP e em toda a tubulação de escapamento”, concluiu.
É preciso ter cuidado com esta nova tecnologia Euro 5. Sempre use o diesel S-50 e o Arla 32 de empresas confiáveis, afinal o barato pode acabar saindo caro e danificando o funcionamento do caminhão. E como todos nós sabemos, caminhão parado é prejuízo.
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